Sensoriamento Remoto
05/07/2010 10:10Satélites e Sensoriamento Remoto por Rafael Kamada
SENSORIAMENTO REMOTO
Sensoriamento remoto ou teledetecção é uma técnica de obtenção de informações sobre um objeto, uma área, uma feição ou um fenômeno no Planeta Terra, sem que haja contato físico. Atualmente, essas informações são obtidas através de sensores em satélites que geram imagens. A NASA é uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites.
Por não haver contato físico, a forma de transmissão dos dados (do objeto para o sensor) só pode ser realizada pela Radiação Eletromagnética, por ser esta a única forma de energia capaz de se propagar pelo vácuo. Considerando a Radiação Eletromagnética como uma forma de energia, o Sensoriamento Remoto pode ser definido com maior rigor como uma medida de trocas de energia que resulta da interação entre a energia contida na Radiação Eletromagnética de determinado comprimento de onda e a contida nos átomos e moléculas do objeto de estudo.
USO DE SATÉLITES METEOROLÓGICOS
Um satélite meteorológico é um tipo de satélite artificial que é primariamente usado para monitorar o tempo e o clima da Terra. Estes satélites, porém, vêem muito mais do que nuvens e formações de nuvens. Luzes da cidade, queimadas, efeitos de poluição, aurora, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo, os limites das correntes oceânicas, etc. são outros tipos de informações ambientais coletadas através dos satélites meteorológicos.
As imagens dos satélites meteorológicos ajudam no monitoramento das nuvens liberadas por vulcões como o Monte Santa Helena e da atividade de outros vulcões como o Etna. A fumaça da queimada de florestas também pode ser monitorada.
Os principais Satélites Meteorológicos são operados pela EUMETSAT (Meteosat) e pelo governo americano (GOES). Outros satélites são administrados pelo Japão (GMS), China (FY-2B), Rússia (GOMS) e Índia (INSAT).
Eles orbitam no plano equatorial da terra a uma altura de 38.500 km. A esta altura, o período de orbital do satélite é o mesmo da rotação da Terra. Assim, o satélite parece estacionário sobre um mesmo ponto no equador. Para obter uma cobertura global é necessária uma cadeia de 5 a 6 satélites. Estes satélites não cobrem a região dos pólos.
GOES (Geosynchronous Operational Environmental Satellites)
O satélite GOES é administrado pela NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration). É geoestacionário, ou seja, a órbita do satélite lhe permite ficar sempre sobre o mesmo ponto do equador (neste caso, na longitude de 75°W), recebendo informação de cerca de 40% do globo terrestre. Em regime normal transmite uma imagem do globo terrestre a cada 3 horas, e de um fragmento do continente americano a cada meia hora. É equipado com um sensor espectral que rastreia a superfície terrestre em linhas, onde cada linha consiste em uma série de elementos de imagem individuais ou pixels. Para cada pixel, o sensor mede a energia irradiada em faixas espectrais diferentes.
Meteosat
O satélite Meteosat é um dispositivo com três canais de registro de resposta espectral: canal Visível (0,45-1,00 µm), canal Infravermelho (10,5-12,5 µm) e canal de vapor d'água (5,7-7,1 µm). Suas características de altitude da órbita e cobertura da superfície terrestre são as mesmas do GOES
As imagens são obtidas a cada meia hora. O canal Visível rastreia cerca de 5.000 linhas onde cada linha tem cerca de 5.000 pixels; no canal Infravermelho, cada linha tem 2.500 pixels, levando à resolução de 5 km e 2,5 km respectivamente no ponto Nadir do satélite. Devido à curvatura da terra, a resolução diminue na direção da borda da imagem.
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